Lição 7 - Cristo é a nossa reconciliação com Deus (2 Tri. 2020)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho



TEXTO ÁUREO

“Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio” (Ef 2.14).

 
VERDADE PRÁTICA
Ao morrer na Cruz do Calvário, Cristo reconciliou os eleitos desfazendo a inimizade entre Deus e os homens.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Ef 2.14
Cristo derrubou a parede de separação entre Deus e o homem
Terça — At 21.28-30
Cristo desfez a separação entre o povo judeu e os gentios
Quarta — Mt 5.17
Cristo se fez carne e cumpriu a Lei na sua integralidade
Quinta — Cl 2.11
Deus ama a todos de igual modo e, por isso, não faz acepção de pessoas
Sexta — Gl 3.13; 1Pe 2.24
Cristo se fez maldição em nosso lugar, acabando com toda inimizade
Sábado — 2Co 5.18-20
O ministério de reconciliação foi efetivado por meio do sacrifício da cruz
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 2.14-19.
14 — Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio,
15 — na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz,
16 — e, pela cruz, reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.
17 — E, vindo, ele evangelizou a paz a vós que estáveis longe e aos que estavam perto;
18 — porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.
19 — Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus.
 
HINOS SUGERIDOS
114, 128 e 432 da Harpa Cristã.
 
OBJETIVO GERAL
Conscientizar que por meio do sacrifício vicário, Cristo desfez a inimizade e, entre dois povos, criou um — a Igreja.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Pontuar sobre a inimizade que existia entre Deus e os homens;
II. Explicar que pela paz, Cristo fez um “Novo Homem”;
III. Evidenciar que pela cruz fomos reconciliados com Deus.
 
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo. Essa é a boa nova do Evangelho que tem sua consumação no Calvário por meio da obra de Cristo. Essa verdade nos mostra que, se outrora o pecador estava numa situação caótica, desoladora e perdida; agora sua condição mudou por causa da obra de Cristo no Calvário. Nele, somos instados a propagar o ministério da reconciliação a todos os homens. Somos embaixadores da parte de Cristo e precisamos conclamar aos seres humanos que se arrependam de seus pecados e sejam reconciliados com Deus. Eis a boa nova de salvação. Como educadores cristãos, é o nosso desafio incutir nos alunos tal necessidade.
 
ESBOÇO
 
INTRODUÇÃO
Se na lição anterior, analisamos o antigo quadro desolador acerca dos gentios, em que o apóstolo Paulo descreveu (2.11,12), nesta veremos que houve uma significativa mudança na sequência do capítulo dois. No versículo 13 Paulo usa a expressão adversativa “mas agora” para indicar que algo aconteceu e alterou a situação dos gentios. Ele explica que essa mudança repousa na Obra que Cristo realizou: “vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto” (2.13). Na presente lição estudaremos os desdobramentos dessa mudança.
 
PONTO CENTRAL
Foi na cruz que Cristo desfez a inimizade entre Deus e os homens.
 
 
I. CRISTO DESFEZ A INIMIZADE ENTRE OS HOMENS
O exclusivismo religioso criou inimizade entre judeus e gentios. Nesse ponto veremos o que Cristo fez para dar fim a esse litígio entre os homens (2.14,15).
1. A parede de separação entre os homens. 
2. A derrubada da parede da separação. 
3. O conceito da lei dos mandamentos. 
4. A revogação da lei dos mandamentos. 
 
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A obra expiatória da cruz de Cristo retirou a barreira que existia entre os povos e aboliu as ordenanças que eram agentes da inimizade entre judeus e gentios.
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO—PEDAGÓGICO
Introduza a presente lição mostrando o quanto é difícil a existência de um “muro” numa via pública. A liberdade de ir e vir é negada. Tome exemplos como a questão humanitária da Coreia do Sul e Coreia do Norte em que parentes não podem conviver juntos por causa do muro. O quanto tudo isso traz sofrimento, dor e angústia para as pessoas.
Mostre aos alunos que a obra do Calvário, em primeiro lugar, derrubou o muro que separava Deus dos homens e, consequentemente, dividia judeus e gentios. Em Cristo, fomos feitos herdeiros das mesmas bênçãos espirituais destinadas aos judeus por meio da promessa de Abraão: “Em ti todas as famílias da terra serão benditas”. Cristo derrubou o muro que separava os povos. É uma grande oportunidade relembrar essa verdade e vivê-la.
 
II. PELA PAZ, CRISTO FEZ UM “NOVO HOMEM”
A partir da expiação na cruz, a paz foi proclamada e de ambos os povos, judeus e gentios, Cristo fez uma nova humanidade (2.14-17).
1. O conceito bíblico de paz. 
2. Cristo é o motivo da nossa paz. 
3. A nova humanidade formada pela paz. 
 
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A paz conquistada por Cristo possibilitou a comunhão com Deus e a união entre os povos. Essa nova humanidade tem paz com Deus e uns com os outros.
 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A RESTAURAÇÃO DA PAZ. Embora o resultado da queda fosse a destruição da paz e do bem-estar para a raça humana, e até mesmo para a totalidade do mundo criado, Deus planejou a restauração do shalom; logo, a história da reconquista da paz é a história da redenção em Cristo.
 
(1) Tendo em vista que Satanás deu início à destruição da paz no mundo, o restabelecimento da paz deve envolver a destruição de Satanás e do seu poder. Por isso, muitas promessas do AT a respeito da vinda do Messias era promessas da vitória e paz vindouras. Davi profetizou que o Filho de Deus governaria as nações (Sl 2.8,9; cf. Ap 2.26,27; 19.15). Isaías vaticinou que o Messias reinaria como o Príncipe da Paz (Is 9.6). Ezequiel predisse que o novo concerto que Deus se propôs estabelecer através do Messias seria um concerto de paz (Ez 34.25; 37.26). E Miqueias, ao profetizar o nascimento em Belém do rei vindouro, declarou: ‘E este será a nossa paz’ (Mq 5.5).
(2) Por ocasião do nascimento de Jesus, os anjos proclamaram que a paz de Deus acabara de chegar à terra (Lc 2.14). O próprio Jesus veio para destruir as obras do diabo (1Jo 3.8) e para romper todas as barreiras de conflito que tomasse parte da vida a fim de fazer a paz (Ef 2.12-17). Jesus deu aos discípulos a sua paz como herança perpétua antes de ir à cruz (Jo 4.27; 16.33). Mediante a sua morte e ressurreição, Jesus desarmou os principados e potestades hostis, e assim possibilitou a paz (Cl 1.20; 2.14,15; cf. Is 53.4,5). Por isso, quando se crê em Jesus Cristo, se é justificado mediante a fé e se tem paz com Deus (Rm 5.1). A mensagem que os cristãos proclamam são as boas-novas da paz (At 10.36; cf. Is 52.7)” (STAMPS, Donald (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 2002, pp.1120,1121).
 
CONHEÇA MAIS
 
Sobre a Paz
“ eirene , paz. Ocorre em cada um dos livros do Novo Testamento, salvo em 1 João. O termo descreve paz como: relações harmoniosas entre homens, entre nações; amizade; as relações harmonizadas entre Deus e os homens, satifeitas pelo Evangelho; sensação de descanso e satisfação que lhe é consequente.” (Texto adaptado) Para saber mais leia: Dicionário Vine, CPAD, pp.856,857.
 
III. PELA CRUZ, RECONCILIADOS COM DEUS NUM CORPO
O ministério da reconciliação desfez a inimizade entre o homem e Deus, bem como entre os homens. Essas dádivas foram possíveis por causa da cruz de Cristo.
1. Cristo se fez maldição por nós. 
2. Reconciliados pela cruz de Cristo. 
3. Reconciliados na cruz em um corpo. 
 
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O ministério da reconciliação ao restaurar a comunhão estabeleceu a Igreja, a nova família de Deus.
 
SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
“A paz e a unidade entre judeus e gentios exigia que ambos fossem reconciliados ‘pela cruz… com Deus em um corpo’ (2.16). Isso pressupõe que tanto judeus como gentios eram pecadores separados de Deus (2.3) e necessitavam da morte expiatória de Cristo a fim de serem reconciliados com Deus (2.17,18). Sua ‘inimizade’ (2.16), que foi condenada à morte na cruz, era tanto horizontal como vertical - isto é, uma hostilidade entre povos não regenerados e Deus (Rm 5.10), e entre grupos hostis, tais como judeus e gentios. O milagre da reconciliação resultou em uma nova entidade espiritual chamada ‘um corpo’ de Cristo (2.16). Esse assunto tornar-se o foco de Paulo 2.19-22” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. RJ: CPAD, 2017, pp.417,418).
 
CONCLUSÃO
Em obediência ao plano divino, Cristo cumpriu as demandas da lei na cruz. Em seu sacrifício derrubou as barreiras e aboliu as ordenanças cerimoniais que serviam de divisão. Por meio da paz conquistada no madeiro desfez a inimizade, criou uma nova humanidade e a reconciliou com Deus. A partir dela, formou um novo povo: a Igreja, o Corpo de Cristo.
 
PARA REFLETIR
A respeito de “Cristo é a nossa Reconciliação com Deus”, responda:
O que o extremismo judaico fez com Paulo?
O extremismo judaico levou Paulo à prisão quando ele foi acusado de permitir um grego ultrapassar essa barreira (At 21.28-30).
Cite as três esferas da lei mosaica.
 
A Lei Moral, a Lei Cerimonial e a Lei Civil.
Qual é a conotação da expressão “Cristo é nossa paz”?
Essa expressão aponta para uma conotação mais profunda, pois Cristo não é apenas o “autor da paz”, mas literalmente “a nossa paz”.
O que a cruz era para judeus e gentios?
A cruz era escândalo para os judeus e loucura para os gentios (1Co 1.23).
Qual foi o propósito de Cristo reforçado pelo apóstolo Paulo?
O apóstolo Paulo reforça que o propósito de Cristo foi o de “reconciliar ambos [judeus e gentios] com Deus em um corpo” (2.16b).
 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
CRISTO É A NOSSA RECONCILIAÇÃO COM DEUS
A Palavra de Deus diz que somos embaixadores da parte de Cristo para exercer o ministério da reconciliação. Como embaixadores de Cristo, a nossa missão é proclamar que, em Cristo, Deus reconciliou-se com o mundo. Nessa perspectiva, a presente lição quer conscientizar o aluno de que por meio do sacrifício vicário, Cristo Jesus desfez a inimizade entre judeus e gentios, e, entre dois povos, criou um: a Igreja. Para desdobrar essa ideia geral que permeia a lição, você deve pontuar sobre a inimizade que existia entre Deus e os homens; explicar que pela paz, Cristo fez um “Novo Homem”; e evidenciar que pela cruz fomos reconciliados com Deus. A lição desta semana traz uma reflexão sobre a reconciliação entre Deus e os homens por intermédio de Cristo Jesus, o Nosso Senhor.
Resumo da lição
A cruz foi o lugar em que Cristo desfez a inimizade entre Deus e os homens. Todo o argumento da lição caminha para essa maravilhosa verdade. Ali, Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo (2Co 5.19). Por isso, o primeiro tópico pontua que Cristo desfez a inimizade entre os homens, mostrando que a obra expiatória da cruz de Cristo retirou a barreira que existia entre os povos e aboliu as ordenanças que eram agentes da inimizade entre judeus e gentios.
O segundo tópico explica que pela paz, Cristo fez um “Novo Homem”, deixando claro que a paz conquistada por Cristo possibilitou a comunhão com Deus e a união entre os povos. Essa nova humanidade tem paz com Deus e uns com os outros. Nesse sentido, a mensagem dos cristãos deve ser uma proclamação de boas novas de paz, conforme Atos 10.36: “A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos)”.
O terceiro tópico evidencia que pela cruz fomos reconciliados com Deus, uma verdade que traduz o ministério da reconciliação entre dois povos ao restaurar a comunhão e estabelecer a Igreja, a nova família de Deus. Logo, a reconciliação entre os homens passava primeiramente pela reconciliação com Deus por meio de Cristo.
Aplicação
Use a ideia presente no subsídio didático-pedagógico ao concluir a lição, mostrando que a união entre judeus e gentios por meio da obra de Cristo é uma imagem poderosa para que a nossa comunhão entre irmãos seja uma realidade experimentada em Deus no relacionamento com o próximo.



Lições do 2º trimestre de 2020 – Douglas Baptista Por: Douglas Baptista
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Douglas Baptista

Douglas Baptista, líder da Assembleia de Deus de Missão do Distrito Federal, doutor em Teologia Sistemática, mestre em Teologia do Novo Testamento, pós-graduado em Docência do Ensino Superior e Bibliologia, e licenciado em Educação Religiosa e Filosofia; presidente da Sociedade Brasileira de Teologia Cristã Evangélica, do Conselho de Educação e Cultura da CGADB e da Ordem dos Capelães Evangélicos do Brasil; e segundo-vice-presidente da Convenção dos Ministros Evangélicos das ADs de Brasília e Goiás, além de diretor geral do Instituto Brasileiro de Teologia e Ciências Humanas.