Lição 2 - Despertamento Espiritual - Um Milagre (3 Tri. 2020)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho


OBJETIVO GERAL 
Reconhecer origem de um despertamento espiritual e suas finalidades. 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
Abaixo os objetivos específicos referem -se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com seus respectivos subtópicos. 

I – Explicar aos alunos os objetivos dos despertamentos espirituais; 
II- Enumerar as finalidades do despertamento; 
III- Ilustrar que Deus cumpre com suas promessas. 

TEXTO ÁUREO 
“E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé” (Rm 13.11). 

VERDADE PRÁTICA 
O Despertamento espiritual é uma conseqüência da submissão à vontade de Deus. 

LEITURA DIÁRIA 
Segunda – SI 57.8 – Despertando a vida de louvor 
Terça – Pv 8.17 – Despertando a vida de oração 
Quarta – Is 50.4 – Despertando para aprender 
Quinta – 2 Tm 1.6 – Despertando o dom 
Sexta – Is 51.9 – Despertando para a peleja 
Sábado – Rm 13.11 E hora de despertar 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO 
Ed 1.1-7; Ne 1.1-4 

Ed 1.1 – No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias) despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: 
2 – Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. 
3 – Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém. 
4 – E todo aquele que ficar em alguns lugares em que andar peregrinando, os homens do seu lugar o ajudarão com prata, e com ouro, e com fazenda, e com gados, afora as dádivas voluntárias para a casa do Senhor, que habita em Jerusalém. 
5 – Então se levantaram os chefes dos pais de Judá e Benjamim, e os sacerdotes e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a casa do Senhor, que está em Jerusalém.
6 – E todos os que habitavam nos arredores lhes confortaram as mãos com vasos de prata, com ouro, com fazenda, e com gados, e com coisas preciosas, afora tudo o que voluntariamente se deu. 
7 – Também o rei Ciro, tirou os vasos da casa do Senhor, que Nabucodonosor tinha trazido de Jerusalém, e que tinha posto na casa de seus deuses. 

Ne 1.1 – As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de Quisleu, no ano vigésimo, estando eu em Susā, a fortaleza, 
2 – Que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e perguntei lhes pelos judeus que escaparam, e que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém. 
3 – E disseram-me: Os restantes, que restaram do cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo, e o muro de Jerusalém fendido, e as suas portas queimadas a fogo. 
4 – E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus 

HINOS SUGERIDOS: 
387, 427, 432 Harpa Cristã 
387 - Derrama Teu Espírito



Derrama sobre nós o Teu Espírito,
Como fizeste em Jerusalém;
À Tua grei, Ó manda o mesmo fogo.
Indispensável para nós também!
A Tua grei, ó manda o mesmo fogo,
Indispensável para nós também!

Derrama sobre nós o Teu Espírito
Como em casa do centurião,
E dá-nos o poder da Tua Palavra
Fazendo a luz brilhar na escuridão.
E dá-nos o poder da Tua Palavra
Fazendo a luz brilhar na escuridão.

Derrama sobre nós o Teu Espírito,
E dá-nos, hoje, muitas conversões;
Ó deixa-nos sentir poder celeste,
E vivifica os nossos corações;
Ó deixa-nos sentir poder celeste,
E vívifica os nossos corações.

Derrama sobre nós o Teu Espírito,
E aos que sofrem dá Tua proteção;
A orar ficamos em amor unidos,
Para obter a prometida unção,
A orar ficamos em amor unidos
Para obter a prometida unção.

Desperta, Jesus Cristo, os que dormem
O mui profundo sono do "jardim";
Como operaste nos antigos tempos,
Com Teu poder nos guia até o fim.
Como operaste nos antigos tempos,
Com Teu poder nos guia até o fim.

427 - Vai Orando



De pesar estás cercado,
Es provado pela dor?
De sofrer estás cansado,
E também do teu labor?

Vai orando, vai orando,
Ao soprar do furacão.
O Senhor está velando,
Dar-te-á consolação.

Nas doenças, incertezas,
Que tu'alma passará,
Só Jesus dará firmeza,
E também te curará.

Ao Senhor a voz eleva,
Ora a Deus com mui fervor,
Pois as faltas te releva
E mitiga a tua dor.

Tarda Deus em consolar-te? Vai orando com poder; Presto, ajuda pode dar-te, Teu pedido responder.

432 - Consagrado ao Senhor



Minha vida seja sim
Consagrada a Ti, Senhor
Possas sempre Tu por mim
Operar o Teu amor

A minh'alma lava Salvador
No Teu sangue puro, carmesim
Minha vida toma para ser, Senhor
Tua para sempre, sim

Que meus pés somente vão
Onde os santos possam ir
Numa eternal canção
Minha voz se faça ouvir

A minh'alma lava Salvador
No Teu sangue puro, carmesim
Minha vida toma para ser, Senhor
Tua para sempre, sim

Seja o meu tempo já
Consagrado em Teu labor
Que meus lábios, Jeová
Falem só do Teu amor

A minh'alma lava Salvador
No Teu sangue puro, carmesim
Minha vida toma para ser, Senhor
Tua para sempre, sim

Toma, ó Deus, o meu querer
Faze-o Teu, ó Salvador
Hoje habita no meu ser
Enche-me do Teu fervor

A minh'alma lava Salvador
No Teu sangue puro, carmesim
Minha vida toma para ser, Senhor
Tua para sempre, sim

Ó recebe-me, Senhor
Quando venho me prostrar
A Teus pés, ó Salvador
Hoje vem me consagrar

A minh'alma lava Salvador
No Teu sangue puro, carmesim
Minha vida toma para ser, Senhor
Tua para sempre, sim


INTERAGINDO COM O PROFESSOR 
O decreto de Ciro já estava lavrado. Os judeus poderiam voltar à sua terra, reerguer os muros de Jerusalém e reconstruir o Santo Templo. No entanto, a tarefa parecia bastante difícil. A maioria dos judeus estava acomodada à vida na Babilônia e não estava disposta a voltar à terra de Israel para executar o plano de reconstrução. Somente o Espirito Santo poderia levantar homens necessários ao desempenho de semelhante tarefa. Foi exatamente isso o que aconteceu. 0 Senhor suscitou homens que não se prendiam às coisas efêmeras desta vida, e cuja visão estava na redenção da linhagem de Israel. É de um despertamento semelhante que tanto precisamos nesses tempos difíceis! 

PONTO CENTRAL 
A submissão a vontade de Deus gera o despertamento espiritual. 

INTRODUÇÃO 
Nesta lição iremos ver a origem do despertamento espiritual e as suas finalidades. 

I – O DESPERTAMENTO ESPIRITUAL EMANA DO PRÓPRIO DEUS 


SÍNTESE DO TÓPICO I 
O despertamento espiritual emana de Deus, por isso Ele usa os instrumentos que achar necessários para cooperarem com a sua soberana vontade. 


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“A Vontade de Deus” O conceito de ’vontade’ quando aplicado a Deus na teologia e na Bíblia, nem sempre tem a mesma conotação. Ele pode denotar toda a sua natureza moral incluindo seus atributos, a faculdade de autodeterminação (Sl 115.3; Dn 4.35), um plano pré-determinado como no caso de um decreto (Ef 1.9,10; Ap 4.11 etc.), o poder para cumprir seus planos e propósitos (Pv 21.1; Rm 9.19; 2 Cr 20.6), ou a regra da vida imposta sobre as criaturas racionais, isto é, a vontade objetiva de Deus, que se pode guardar (Mt 7.21; Jo 4.34; 7.17; Rm 12.2). A vontade divina é a causa final de todas as coisas. Ela é absoluta e imutável (Sl 33.11), não condicionada por nada além de si mesma. Todas as coisas são sua consumação: a criação e a preservação (Sl 135.6; Jr 18.6; Ap 4.11); o governo (Pv 21.1; Dn 4.35); a eleição e a reprovação (Rm 9.15,16; Ef 1.5 ); a morte de Cristo (Lc 22.42; At 2.23); a salvação (Tg 1.18); a santificação (Fp 2.13); os sofrimentos dos santos (1 Pe 3.17); a existência, o curso da vida e o fim do homem (At 18.21; Rm 15-32; Tg 4.15); e até mesmo os menores detalhes da vida (Mt 10.29).

Uma vez que todas as coisas encontram sua causa última na vontade de Deus, é usual distinguir entre os aspectos eficazes e permissivos da vontade de Deus. O aspecto eficaz da sua vontade é cumprido de forma causal ou ativa. Não é apenas aquilo que Deus consente, mas também aquilo que Ele deseja. Por outro lado, o aspecto permissivo da vontade divina é aquele que tem uma autorização para ocorrer através da intervenção não controlada de criaturas racionais. A vontade de Deus é revelada ao homem de várias maneiras: pela palavra falada (Êx 3.14-18; At 1.8); por meio de sonhos e visões (Gn 41.1-32; At 16.6-10); pelo mundo natural e pelos eventos históricos (SI 89.9,10; Is 46.10,11; 53.10); no futuro reino de Deus (Ef 1.9,10); e pelas Sagradas Escrituras (cf. At 20.27; 1 Pe 4.17,19)”

(Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. pp.2025-26).



II – AS FINALIDADES DO DESPERTAMENTO 
1. A restauração nacional de Israel. 

2. A restauração espiritual de Israel. 


A GRAÇA e O PECADO. 
O Espírito Santo está sempre pronto para convencer o mundo sobre o pecado, a justiça, e o juízo” (Jo 16.8,9). Vejamos: 

a – O Espírito Santo é sempre intolerante com o pecado. 

b. Mas o Espírito Santo também aponta para Jesus como aquele que perdoa e salva (1 Jo 1.9, 2.1,2; Rm 3.25; 2 C05.18-21). 


SÍNTESE DO TÓPICO II 
As finalidades do despertamento envolviam as restaurações nacional e espiritual de Israel. A primeira restaurou a pátria e a segunda restaurou o homem da idolatria dos deuses pagãos do exílio. 


SUBSÍDIO HISTÓRICO


“A política de Ciro beneficiou sensivelmente os judeus exilados em Babilônia, pois Ciro conferiu a Yahweh o mesmo respeito dado a Marduque e a outras divindades. A consequência lógica sua política foi o decreto que permitia aos judeus o retorno à sua terra. Somente em um templo restaurado em Jerusalém Yahweh poderia agir efetivamente como o Deus de Judá. Assim, em fiel obediência a Yahweh, Ciro decidiu repatriar o povo judeu. Providenciou autorizações para que eles voltassem e reconstruíssem a cidade e o templo para seu Deus”

(MERRiL Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: o reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.509).








III. DEUS CUMPRE AS SUAS PROMESSAS 
1. A fidelidade de Deus em suas promessas. 
2. Deus renova as suas promessas de bênçãos. 
3. Deus renova a fé dos abatidos. 

SÍNTESE DO TÓPICO III
Deus é fiel em cumprir suas promessas dadas ao seu povo. Além de vivificar e renovar as suas promessas. Ele também renova a fé dos que estão abatidos. 


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“Promessa” Embora se refira ocasionalmente à palavra do homem, o uso característico da palavra “promessa” nas Escrituras relaciona-se com o que Deus declara que fará acontecer. Embora possamos inferir as promessas feitas entre o Pai e o Filho antes da criação, a primeira grande promessa de Deus aos homens está em Gênesis 3.15 e inaugura uma sucessão que, em uma crescente clareza de detalhes desde seu anúncio, fala sobre a vinda do Messias-Salvador. Uma grande variedade de promessas está mais ou menos ligada, de uma forma direta, a essa grande promessa central, inclusive a nova aliança (Jr 31.31-34), o derramamento do Espírito (J1 2.28ss.), a restauração de Israel (Dt 30.1-5) e, finalmente, o novo céu e a nova terra (Is 65.17; 66.22).

Paulo demonstra que a “promessa de Deus” tem a qualidade de uma aliança, porque cada palavra de Deus é segura e certa, livre do legalismo e da dependência do esforço do homem (por exemplo, Rm 4.13-16; Gl 3.16 18; cf. Hb 11.40)”

(Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.1611).



IV – O DESPERTAMENTO TORNA OS HOMENS OBEDIENTES A PALAVRA 
1. O culto que foi restabelecido em Jerusalém foi exatamente aquele que a lei de Deus determinava (Ne 12.44- 47). 
2. O despertamento dado pelo Espírito Santo faz com que os crentes desejem intensamente ser fiéis à Palavra de Deus. 

SÍNTESE DO TÓPICO IV 
Um dos resultados do despertamento é a obediência dos homens à Palavra. Depois que houve o despertamento no retorno do exílio babilónico, não houve a introdução de qualquer mistura de cultos pagãos entre o povo de Deus. 

SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO 
O que é um despertamento espiritual? Antes de mais nada, é um retorno à vontade de Deus. Todas as vezes que os crentes voltam aos princípios das Sagradas Escrituras, dá-se um despertamento espiritual. Foi assim no tempo de Josias e na época de Esdras. E, o mesmo se verifica quando o povo de Deus, hoje, predispõe-se a executar as tarefas que o Senhor lhes entrega. Mas o que é necessário para se viver um grande despertamento espiritual? 

Em primeiro lugar, é necessário se voltar às Sagradas Escrituras e esposar todos os seus princípios. Neste ponto, devem cair por terra as nossas conveniências e comodidades. Somente a vontade de Deus é que interessa. Notemos que o grande avivamento de Josias começou exatamente quando líderes do povo começaram a examinar detidamente as Sagradas Escrituras. Doutra forma, continuariam no mesmo marasmo. 

Em segundo lugar, é necessário buscar com redobrado favor a presença de Cristo. Afirmou certa vez um teólogo que a história se cala acerca dos avivamentos que começaram sem oração. Quer nos tempos bíblicos, quer nos dias de hoje, não pode haver avivamento sem oração. É um pressuposto básico do qual não podemos fugir. Em terceiro lugar, não podemos perder o nosso primeiro amor. A Igreja de Éfeso, por exemplo, sofria deste mal crônico. Exteriormente, não poderia haver igreja tão ortodoxa doutrinariamente como aquela. No entanto, estava longe de seu primeiro amor. E, se a força do nosso amor não corresponde aos primórdios da nossa fé, carecemos rogar as misericórdias do Senhor para que um novo despertamento espiritual venha renovar o nosso amor. 

QUESTIONÁRIO 
A respeito de ”Despertamento Espiritual - Um Milagre”, responda: 

1. Em que ano o Senhor despertou o espírito de Ciro? 
R: No primeiro ano do rei Ciro, da Pérsia. 

2. De onde emanam os despertamentos espirituais? 
R: Do próprio Deus. 

3. Na obra do despertamento, quem Deus usa? 
R: Aqueles que se colocam integralmente à disposição de Deus. 

4. Como era o culto restabelecido em Jerusalém? 
R: De acordo com a Lei de Deus. 

5. O que o despertamento provoca no crente? 
R: Leva os crentes a desejarem ser mais fiéis à Palavra de Deus. 



Por: Eurico Bergstén
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Eurico Bergstén

Eurico Bergstén

O comentarista do trimestre é o Pastor Missionário Finlandês (In memoriam - 1913 a 1999). Bergstén nasceu em Helsinky, Finlândia, a 13 de agosto de 1913, casando-se com Esther Margareta Bergstén. No dia 2 de setembro de 1948, em obediência à vontade do Senhor, veio ao Brasil. Comentarista de 35 revistas da Escola Dominical. - Escritor. - Livros: 5 "Introdução à Teologia Sistemática" - CPAD. "Teologia Sistemática" - CPAD. Em 1987, a CGADB deu-lhe o título de Conselheiro Vitalício da CPAD, juntamente com o missionário Bernhard Johnson Jr.