Lição 10 - Provai se os Espíritos São de Deus (3 Tri. 2020)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho


TEXTO ÁUREO
“Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” (1 Jo 4.1)


VERDADE PRÁTICA
Através dos dons espirituais, a Igreja discerne os espíritos enganadores.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Jo 4.1-6: Nem todo espírito é de Deus
Terça - 1 Co 2.7-16: Devemos discernir os espíritos
Quarta - 2 Ts 2.1-17: Os espíritos maus são enganadores
Quinta - Êx 7.8-13: Os espíritos maus imitam a Deus
Sexta - 1 Co 12.1-11: Os dons edificam a Igreja
Sábado - 1 Co 14.1-25: O dom profético é útil à Igreja

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Neemias 6.10-14; 1 Tessalonicenses 5.20,21; 1 Coríntios 14.29

Neemias 6

10 - E, entrando eu em casa de Semaías, filho de Delaías, o filho de Meetabel (que estava encerrado), disse ele: Vamos juntamente à Casa de Deus, ao meio do templo, e fechemos as portas do templo; porque virão matar-te; sim, de noite virão matar-te.
11 - Porém eu disse: Um homem, como eu, fugiria? E quem há, como eu, que entre no templo e viva? De maneira nenhuma entrarei.
12 - E conheci que eis que não era Deus quem o enviara; mas essa profecia falou contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o subornaram.
13 - Para isso o subornaram, para me atemorizar, e para que eu assim fizesse e pecasse, para que tivessem alguma causa a fim de me infamarem e assim me vituperarem.
14 - Lembra-te, meu Deus, de Tobias e de Sambalate, conforme estas suas obras, e também da profetisa Noadias e dos mais profetas que procuraram atemorizar-me.

1 Tessalonicenses 5
20 - Não desprezeis as profecias.
21 - Examinai tudo. Retende o bem.

1 Coríntios 14
29 - E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.



HINOS SUGERIDOS:
17, 212, 432 Harpa Cristã
017: PENSANDO EM JESUS



***

1 Nas horas que passo pensando em Jesus As trevas desfaço, buscando a luz; Que horas de vida, tão doces p’ra mim, Jesus me convida, que eu suba p’ra Si!

2 Da vida voando, sem nenhum temor; Acima buscando do véu o amor; Que doce ventura, que aspecto feliz, Que nova natura minh’alma bendiz.

3 Do mar o bramido, da brisa o langor Da ave o carpido de doce amor, Me falam sentidos acordes dos céus, Me trazem aos ouvidos os hinos de Deus!

4 Minh’alma ansiosa já quer percorrer A senda gloriosa que eu hei de ver; Que coisa tão bela; oh! que luz sem véu! Jesus me revela mistérios do céu.

212: OS GUERREIROS SE PREPARAM



P.L.M. (C.Austin Miles)

1 Os guerreiros se preparam para a grande luta E Jesus, o Capitão, que avante os levará. A mílicia dos remidos marcha impoluta; Certa que vitória alcançará!

Coro Eu quero estar com Cristo, Onde a luta se travar, No lance imprevisto Na frente m’encontrar. Até que O possa ver na gI6rla, Se alegrando da vitória, Onde Deus vai me coroar!

2 Eis os batalhões de Cristo prosseguindo avante, Não os vês com que valor combatem contra o mal? Podes tu ficar dormindo, mesmo vacilante, Quando atacam outros a Belial?

3 Dá-te pressa, não vaciles, hoje Deus te chama Para vires pelejar ao lado do Senhor; Entra na batalha onde mais o fogo inflama, E peleja contra o vil tentador!

4 A peleja é tremenda, torna-se renhida, Mas são poucos os soldados para batalhar; Ó vem libertar as pobres almas oprimidas De quem furioso, as quer tragar!

432: CONSAGRADO AO SENHOR



P.L.M. (Wm J. Kirkpatrick)

1 Minha vida seja sim, Consagrada a Ti, Senhor; Possas sempre Tu por mim, Operar o Teu amor.

Coro A minh’alma lava Salvador No Teu sangue puro, carmezim; Minha vida toma para ser, Senhor, Tua para sempre, sim.

2 Que meus pés somente vão Onde os santos possam ir; Numa eternal canção, Minha voz se faça ouvir.

3 Seja o meu tempo já, Consagrado em Teu labor; Que meus lábios, Jeová, Falem só do Teu amor.

4 Toma, ó Deus, o meu querer, Faze-o Teu, ó Salvador, Hoje habita no meu ser; Enche-me do Teu fervor.

5 Ó recebe-me, Senhor, Quando venho me prostrar A Teus pés, ó Salvador, Hoje vem me consagrar.



OBJETIVO GERAL
Levar os alunos a refletirem sobre como discernir os espíritos e julgar a profecia.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

  1. Destacar o cuidado que devemos ter com os falsos profetas;
  2. Ressaltar que a Bíblia revela a existência dos falsos profetas;
  3. Salientar que devemos julgar as profecias;
  4. Mostrar por que devemos julgar as profecias;
  5. Pontuar como devemos julgar as profecias.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Há espírito de erro atualmente. Ele se manifesta fragrantemente para desestabilizar a saúde espiritual da igreja local. Por isso carecemos do auxílio do Espírito Santo para reconhecer a verdadeira voz de Deus em diversas ocasiões em que participarmos. Devemos estar sempre em vigilância espiritual, não podemos ser levados pelas operações de erros, pois no mundo espiritual, isso pode ser um prejuízo fatal com implicações graves na vida material. Portanto, que estejamos em vigilância e oração. Que o Senhor Jesus, com o auxílio do seu Espírito Santo, nos ajude a estar atentos e despertados.

INTRODUÇÃO
Na lição passada estudamos as diferentes formas de ataques que o Inimigo da obra de Deus usa para lutar contra os servos de Deus. Vamos dedicar esta lição ao estudo de como o Inimigo ataca por meio dos falsos profetas.

PONTO CENTRAL
O discernimento espiritual é essencial para a saúde espiritual da igreja 
 
I – CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS!

1. Os samaritanos observaram que os judeus davam muito valor à palavra dos profetas.

2. Neemias tinha o dever de examinar a profecia recebida. 

SÍNTESE DO TÓPICO I
A palavra dos profetas era valorizada em Judá. Nesse sentido, Neemias tinha o dever de examinar a profecia recebida.


SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
O professor deve ser capaz de usar bons exemplos da própria Escritura, a Palavra de Deus, para ampliar pedagogicamente o sentido da lição. Para isso é importante que ele seja um leitor permanente das Escrituras Sagradas, a fim de edificar a sua vida espiritual e acumular imagens na memória para ser capaz de apanhar exemplos que sirvam como elementos ressonantes de aprendizado.

Por isso, relate como os apóstolos discerniam as várias manifestações espirituais. Em primeiro lugar, mostre como o apóstolo Pedro desmascarou Ananias e Safira. Em seguida, descreva de que forma Paulo discerniu o espírito daquela jovem adivinha. Hoje, também, devemos estar sempre atentos às várias manifestações espirituais.

II – A BÍBLIA REVELA A EXISTÊNCIA DOS FALSOS PROFETAS

1. No Antigo Testamento:


a. O trágico exemplo relatado em 1 Reis 13. 

b. Nos dias de Jeremias havia falsos profetas, os quais com suas profecias combatiam a palavra que Deus havia enviado a Israel, por meio de Jeremias (Jr 29.21-23).

c. Quando o rei Josafá, de Judá, visitou o rei Acabe, de Israel, este tinha um grande número de profetas que profetizavam segundo a vontade de Acabe.

d. Ainda nos dias de Jeremias, falsos profetas conseguiram influenciar alguns dos sacerdotes e enganar o povo, por meio deles (Jr 5.31). 

2. No Novo Testamento:

a. Jezabel (Ap 2.20-23).

b. A Bíblia adverte que nos últimos tempos aparecerão falsos profetas (Mt 24.11,24). 

SÍNTESE DO TÓPICO II
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a Bíblia revela a existência de falsos profetas. É preciso discernimento espiritual para não cair no engano.


III – DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS

1. Deus quer a sua Igreja revestida com todos os dons do Espírito Santo.


2. O despertamento renova os dons.


SÍNTESE DO TÓPICO III
Devemos julgar a mensagem profética, pois nenhuma está isenta de exame por parte da igreja.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO
1. Devemos exercer o nosso ministério proporcionalmente à nossa fé.

2. Devemos manter atitudes certas: contribuir com generosidade, orientar com diligência e ter alegria em demonstrar misericórdia.

3. Embora exerçamos um dom até à sua próxima capacidade, tudo será fútil sem o amor. Evidentemente, temos apenas o conhecimento parcial, e é só o que conseguimos compartilhar. Os dons são dados continuamente, segundo nossa medida de fé (e não uma vez por todas). Os dons devem ser testados; devem estar sujeitos aos mandamentos do Senhor. O enfoque é o amadurecimento da igreja, e não a grandeza do dom. Estas verdades devem nos levar à humildade, à estima por Deus e pelo próximo e à zelosa disposição de obedecer a Ele” (HORTON, Stanley (Ed.) Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.477,76).

IV – POR QUE DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS?

1. Porque a Palavra de Deus nos manda julgá-las (1 Ts 5.19-21; 1 Co 14.29).


2. Porque os que profetizam são sujeitos a falhas. 

3. Porque pode haver conhecimento prévio dos fatos. 

4. Existe a possibilidade de que o “profeta”, ao enunciar a “mensagem profética”, esteja sendo influenciado por um espírito maligno, disseminador de mentiras. Lemos sobre isto em 1 Rs 22.7,11,19,21-23.

SÍNTESE DO TÓPICO IV
Devemos julgar as profecias porque a Palavra de Deus mostra que os que profetizam são sujeitos a falha, podem ter conhecimento prévios dos fatos ou estarem sob influência maligna.


V – COMO DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS?

1. Examinando as Escrituras.

2. Através do dom de discernimento de espíritos.

3. A profecia se conhece pelo seu “sabor” (Jó 6.6,7; 12.11). 

SÍNTESE DO TÓPICO V
Podemos julgar a profecia por meio das Escrituras Sagradas e do dom de discernimento de espíritos.


SUBSÍDIO BÍBLICO-DIDÁTICO

1. O verdadeiro profeta falava em nome do Senhor dos Exércitos.

2. As palavras enunciadas pelos profetas deveriam estar em conformidade com a Palavra de Deus.

3. As profecias teriam que ter, necessariamente, um cabal cumprimento. 

4. Se o profeta tentasse levar os israelitas ao erro, seria considerado imediatamente um impostor. E jamais haveria de achar lugar entre os eleitos. Alguns, de fato, mostravam-se seguidores de Jeová. No entanto, não passavam de filhos de Belial: não somente induziram os israelitas ao erro, como também nos levavam à derrocada nacional.

Embora vivamos noutra dispensação, as mesmas regras continuam válidas para aferirmos a autenticidade dos mensageiros do Senhor. Afinal, como afirma o apóstolo Paulo, tudo quanto foi escrito, para nossa instrução foi escrito. Se nos dedicarmos mais ao estudo das Sagradas Escrituras, não seremos tão facilmente enganados. Infelizmente, muitas igrejas, hoje, são ludibriadas porque não têm mais as Sagradas Escrituras como a sua única regra de fé e conduta (Texto adaptado da revista Lições Bíblicas: Maturidade Cristã, Jovem e Adultos (Professor). Rio de Janeiro, CPAD, 1993, pp.32,33).  [Acesse nossa seção de downloads para ver essa e outras Lições Antigas]

VI. CONCLUSÃO

1. Quando as profecias são provadas, o conceito e a consideração dos dons espirituais são conservados. Deste modo, a sã doutrina é preservada de qualquer influência e erros humanos, e o Espírito Santo tem liberdade de usar os seus servos, conforme a sua soberana vontade.

2. Quando provamos as profecias, estamos em condições de corrigir e doutrinar a pessoa que usou erradamente o dom de profecias. Assim, doutra vez, ele dará lugar ao Espírito Santo e irá usar o dom profético de modo correto.

3. Quando provamos as profecias recebemos as bênçãos que Deus, por meio delas, quer nos dar. Ficamos com o bom e rejeitamos o que não veio de Deus (1Ts 5.21).

PARA REFLETIR
A respeito de “Provai se os Espíritos são de Deus”, responda:

• O que os samaritanos observavam nos judeus?
Que os judeus davam valor à palavra profética.

• Qual o dever de Neemias?
Examinar, pelo crivo da Palavra de Deus, as profecias recebidas.

• O que acontece aos dons do Espírito Santo quando há despertamento espiritual?
O despertamento renova os dons espirituais.

• Qual o primeiro passo que devemos dar ao julgar uma profecia?
Examinar as Escrituras.

• Por que o dom de discernir os espíritos é importante?
Porque nos ajuda a identificar se os espíritos procedem, ou não, de Deus.


Por: Eurico Bergstén
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Eurico Bergstén

Eurico Bergstén

O comentarista do trimestre é o Pastor Missionário Finlandês (In memoriam - 1913 a 1999). Bergstén nasceu em Helsinky, Finlândia, a 13 de agosto de 1913, casando-se com Esther Margareta Bergstén. No dia 2 de setembro de 1948, em obediência à vontade do Senhor, veio ao Brasil. Comentarista de 35 revistas da Escola Dominical. - Escritor. - Livros: 5 "Introdução à Teologia Sistemática" - CPAD. "Teologia Sistemática" - CPAD. Em 1987, a CGADB deu-lhe o título de Conselheiro Vitalício da CPAD, juntamente com o missionário Bernhard Johnson Jr.