Lição 8 - As causas da desunião devem ser eliminadas (3 Tri. 2020)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho


Texto Áureo 
“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” (SI 133.1) 

VERDADE PRÁTICA 
A união é uma força indispensável para a Igreja. É um testemunho diante do mundo e um estímulo para o crescimento da obra de Deus. 

LEITURA DIÁRIA 
Segunda - SI 133: A desunião expulsa as bênçãos da Igreja 
Terça - Ef 4.15,16: A desunião impede o crescimento 
Quarta - Jo 17.20-26: União, o caminho para a comunhão e o amor 
Quinta - At 5.13-16: A união engrandece a Igreja 
Sexta - Ne 4.19-23: A união é uma grande força 
Sábado - Ef 4.1-16: O Espírito Santo opera a união perfeita 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 
Neemias 5.1,6-12 
1 - Foi, porém, grande o clamor do povo e de suas mulheres contra os judeus, seus irmãos. 
6 - Ouvindo eu, pois, o seu clamor e essas palavras, muito me enfadei. 
7 - E considerei comigo mesmo no meu coração; depois, pelejei com os nobres e com os magistrados e disse-lhes: Usura tomais cada um de seu irmão. E ajuntei contra eles um grande ajuntamento. 
8 - E disse-lhes: Nós resgatamos os judeus, nossos irmãos, que foram vendidos às gentes, segundo nossas posses; e vós outra vez venderíeis vossos irmãos ou vender-se-iam a nós? Então, se calaram e não acharam que responder. 
9 - Disse mais: Não é bom o que fazeis: Porventura, não devíeis andar no temor do nosso Deus, por causa do opróbrio dos gentios, os nossos inimigos? 
10 - Também eu, meus irmãos e meus moços, a juro, lhes temos dado dinheiro e trigo. Deixemos este ganho. 
11 - Restituí-lhes hoje, vos peço, as suas terras, as suas vinhas, os seus olivais e as suas casas, como também o centésimo do dinheiro, do trigo, do mosto e do azeite, que vós exigis deles. 
12 - Então, disseram: Restituir-lho-emos e nada procuraremos deles; faremos assim como dizes. Então, chamei os sacerdotes e os fiz jurar que fariam conforme esta palavra. 

HINOS SUGERIDOS: 
50, 145, 426 Harpa Cristã 
50 - SEMPRE FIEIS



H.M.W.

Sempre fiéis, sim, a Ti, nós seremos,
Por Tua graça, ó Cristo, Senhor!
Sempre fiéis, sim, por Ti lutaremos.
Sob Teu pendão, ó Jesus, Salvador!

Sempre fiéis, irmãos! Irmãos sejamos.
Sempre fiéis a Cristo Jesus.
Que até à morte, por nós prosseguiu,
E libertou-nos, morrendo na cruz!

Por Ti viver, ó bendito Cordeiro,
Quem não deseja – se Te conhecer?
Quem, que se diga cristão verdadeiro,
Pronto não ’steja, por Ti a sofrer?

Mas, Salvador, quão fraquinhos nós somos,
Como podemos deixar de cair,
Se por Ti mesmo guardados não formos?
Quem, té à morte, Te pode seguir?

Sempre fiéis, sim, mesmo até à morte!
Sempre fiéis – Tomemos a cruz!
Eis a divisa que a nós nos pertence,
Aos libertados por Cristo Jesus!

145 - UNIÃO DO CRENTE COM SEU SENHOR



P.L.M. (Ballington Booth)

A minha alma Te ama, ó Senhor!
E desfalece sedenta de amor;
meu consolo na aflição,
E luz perfeita na escuridão;
Meu verdadeiro pão.

A minha alma ama-Te; Senhor,
De Ti só recebe vida e amor!

A minha alma Te ama, ó Senhor!
Almeja sempre andar no Teu temor:
Tu vives já no meu coração
E guias-me pela Tua mão;
És minha salvação.

A minha alma Te ama, ó Senhor!
A Tua face procura com fervor:
Desejo ter a celeste paz,
O gozo santo, que satisfaz,
E salvação veraz.

A minha alma Te ama, ó Senhor!
Por mim sofreste incomparável dor;
Teu nome quero, aqui louvar;
Os Teus preceitos e leis honrar,
E sempre em Ti pensar.

426 - UNIÃO DOS IRMÃOS



P.L.M. (Elisha S. Rice)

Quando aqui nos reunimos,
Ó irmãos, em santo amor,
Certamente nós fruímos,
Bênçãos do Consolador!
Sempre pode Sua presença,
De Jesus testificar;
Com palavras e sentenças
A quem quer o escutar.

Quando nós nos humilhamos
Ante o bom Consolador,
O poder que nós buscamos.
Nos concede com amor;
E se vedes, glorioso,
Em visão, Jesus passar,
Eis que busca ansioso,
Uma alma batizar.

Quando todos nos achamos
Prontos para escutar,
Pela unção, ouvir nós vamos
O bom Deus, a nós falar;
E no céu, sim, ao chegarmos,
Oh! Que festa haverá,
Quando já nos encontrarmos
No lugar que Deus dará!

Ó remidos, sempre firmes,
Esperando com ardor,
Que em nós Deus mais confirme
Seu poder Consolador;
Eia! Avante, a caminho,
Pela gloriosa luz,
Pois de nós vai mui vizinho,
O amado e bom Jesus!


OBJETIVO GERAL 
Destacar que a união é indispensável para o crescimento e sustentabilidade da obra de Deus. 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. 

I - Explicar que a união caracterizada no período pós-exílio serve de referência para a Igreja; 
II - Expor a injustiça social que ameaçava a união dos judeus nos tempos de Neemias; 
III - Mostrar as medidas adotadas por Neemias para manter o povo unido em só propósito. 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 
Egressos do exílio babilônico os judeus pensavam que encontrariam uma terra que manava leite e mel. Entretanto, eis que se depararam com uma terra prestes a devorá-los. Como se não bastasse as dificuldades decorrentes da relação complexa com os povos vizinhos, havia também muitas injustiças sociais e desordens que levavam o povo a um nível de desunião e hostilidade. Neemias foi usado por Deus para levar os judeus a manterem-se unidos em um só propósito. Semelhantemente, a Igreja nestes últimos dias precisa de ministros que conduzam o rebanho do Senhor à união e uniformidade para que a obra de Deus seja edificada e muitas vidas possam ser salvas. 

INTRODUÇÃO 
Veremos nesta lição um conflito que surgiu entre diferentes classes sociais, e como o problema foi solucionado. 

PONTO CENTRAL 
Cristo derrubou o muro da separação que havia entre gentios e judeus, tornando-os uma verdadeira “Família de Deus”. 

I – A UNIÃO CARACTERIZAVA OS JUDEUS LIBERTOS DO CATIVEIRO 

1. Qual era a base desta união? 
a. Todos eram do mesmo povo, e confessavam a sua fé no único Deus verdadeiro. 

b. Todos haviam experimentado o despertamento que se havia iniciado pelo rei Ciro. 

2. Esta união entre os judeus simboliza a união que deve haver na Igreja de Deus (Gl 6.16). 

a. Os crentes sentem apoio espiritual para a sua vida. 

b. Na igreja levamos as cargas uns dos outros (GI 6.2). 

c. A união nos faz fortes. 

d. Uma igreja que vive em união, tem um testemunho maravilhoso. 

3. Esta união é uma verdadeira força. 


SÍNTESE DO TÓPICO I 
O mistério da Igreja de Cristo formada pela união entre judeus e gentios estivera em oculto desde a eternidade. 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO 

Para introduzir esta lição é importante que você conceitue bem biblicamente a palavra “comunhão” e amplie o seu conceito. Para lhe auxiliar nessa tarefa, juntamente com o conceito presente na lição, leve em conta o seguinte fragmento textual: 
“Koinõnia, tendo em comum (koinos), sociedade, companheirismo’, denota: 

a) a parte que alguém tem em algo, participação, companheirismo reconhecido e desfrutado. É, assim, usado acerca: das experiências e interesses comuns dos cristãos (At 2.42; Gl 2.9); da participação no conhecimento do Filho de Deus (1 Co 1.9); do compartilhamento na realização dos efeitos do sangue (ou seja, da morte) de Jesus e do corpo de Jesus, conforme é exposto pelos emblemas da Ceia do Senhor (1 Co 10.16); da participação no que é derivado do Espírito Santo (2 Co 13.13; Fp 2.1); da participação nos sofrimentos de Cristo (Fp 3.10); do compartilhamento na vida da ressurreição possuída em Cristo e, por conseguinte, do companheirismo com o Pai e o Filho (1 Jo 1.3,6,7); negativamente, da impossibilidade de ‘comunhão’ entre a luz e as trevas (2 Co 6.14); 

b) companheirismo manifesto em atos, os efeitos práticos do companheirismo com Deus, realizado pelo Espírito Santo na vida dos crentes em resultado da fé (Fm 6), e encontrando expressão no ministério em comum com os necessitados (Rm 15.26; 2 Co 8.4; 9.13; Hb 13.16) e na proclamação do Evangelho pelos dons (Fp 1.5)” (Dicionário Vine. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.485). 

II – A UNIÃO ENTRE OS JUDEUS ESTAVA AMEAÇADA 

1. Qual era a ameaça? 

2. Como se explica esta grande injustiça? 

a. Em primeiro lugar era uma expressão de falta de amor dos mais ricos para com os mais pobres. 

b. A atitude dos ricos era uma expressão de dureza contra seus irmãos. 

SÍNTESE DO TÓPICO II 
A injustiça social era uma expressão da falta de amor dos mais ricos para com os mais pobres. 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 
“Pobrezas (5.1-4). Tanto as condições de seca como altas taxas produziu um grande aperto na agricultura. A avareza dos ricos, que emprestavam dinheiro às famílias desesperadas a juros altos e então hipotecavam as suas propriedades, foi a principal causa da tremenda dificuldade em que muitos se acharam. Hoje, há muitas razões para a pobreza. Porém, a avareza permanece como causa mais comum. 

Tributos (5.4). O rei persa cobrava cerca de 20 milhões, em ouro, de dáricos (uma moeda persa), anualmente, em taxas. O pagamento era exigido em moedas de ouro ou prata que eram derretidas e armazenadas em lingotes. Quando Alexandre, o Grande tomou Susã, onde Neemias havia servido Artaxerxes, encontrou cerca de 270 toneladas de ouro e 1.200 toneladas de prata! A política privou o reino do seu dinheiro, criou a inflação, e foi, em parte, responsável pela aflição econômica da Judeia. 

Usura (5.7). A palavra hebraica massa, aparece somente em Neemias. Significa impor uma sobrecarga. O Antigo Testamento proíbe cobrar juros em empréstimos aos vizinhos pobres (Êx 22.25-27; Lv 25.35-37; Dt 23.19,20; 24.10-13). Essas condições estavam sendo violadas” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.317). 

III – NEEMIAS SOLUCIONOU O PROBLEMA 

1. Neemias convocou um grande ajuntamento (Ne 5.8). 

2. Neemias fez uma proposta conciliadora. 

3. A proposta de Neemias foi acatada. 


SÍNTESE DO TÓPICO III 
A convocação de Neemias para a conciliação. 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO 
“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também (1 Co 12.12)’. 

A frase ‘assim é... também (houtos kai) nos alerta para o que é talvez a primeira metáfora do Novo Testamento com a intenção de nos ajudar a entender a natureza da igreja. Em Romanos, Paulo ensinou que pela fé o crente une-se a Jesus em uma união indissolúvel. Agora, ele ensina que aqueles que estão unidos a Cristo também estão unidos entre si, num relacionamento orgânico, como aquele que existe entre os membros e órgãos do corpo. 

Essa imagem transmite inúmeras realidades. Não podemos ser cristãos isolados dos outros, devemos funcionar junto com eles. Não podemos cumprir nossa missão na vida separados da igreja, e devemos estar suficientemente próximos para exercer nossos dons através do amor e do serviço. Não podemos permitir discussões e divisões em nossas congregações, e devemos estar unidos por um compromisso comum, não só com Jesus, mas também entre nós” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.348). 

IV – A PAZ VOLTOU A REINAR ENTRE OS JUDEUS 

1. Surgindo um problema entre os irmãos, deve logo ser tratado com muita diligência. 

2. Problemas relacionais devem ser tratados carinhosamente. “Bem aventurados os pacificadores” (Mt 5.9). 

a. A desunião representa uma obra da carne (Gl 5.19,20). 

b. A desunião destrói a comunhão e o amor entre os irmãos, coisa tão preciosa na Igreja.

c. Finalmente devemos cultivar nosso testemunho diante do mundo. 

SÍNTESE DO TÓPICO IV 
A paz foi mantida porque Neemias enfrentou os problemas com humildade, imparcialidade, e com sabedoria de Deus. 

SUBSÍDIO DE VIDA CRISTà
“A importância do trabalho em equipe 

Neemias não era adepto do ‘ministério de um homem só’. Ele sabia da importância de conseguir que todos se envolvessem no trabalho e se sentissem parte da equipe. Ele conseguiria isso tendo o cuidado de designar as pessoas para trabalhar juntas em áreas do muro que fossem perto da casa delas. Observe a recorrência da expressão: ‘ao seu lado’ no capítulo 3 (Ne 3.7,17-25, 27,29-31). O trabalho em ‘equipe’ garante que ‘todos juntos conseguem mais’ (veja também 1 Co 12)” (Guia Cristão de Leitura da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.198). 

PARA REFLETIR 
A respeito de “As Causas da Desunião devem der Eliminadas”, responda: 

• O que caracterizava os judeus libertos do cativeiro? 
A união. 

• O que simbolizava a união entre os judeus que retornaram do cativeiro e Deus? 
A união que deve haver entre Jesus e a Igreja. 

• O que estava ameaçando a união entre os judeus? 
A injustiça social. 

• O que representa a desunião? 
A desunião representa a obra da carne. 

• De acordo com a lição, o que representa a união entre os crentes? 
Representa o selo da estabilidade espiritual e da paz na Igreja. 


Por: Eurico Bergstén
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Eurico Bergstén

Eurico Bergstén

O comentarista do trimestre é o Pastor Missionário Finlandês (In memoriam - 1913 a 1999). Bergstén nasceu em Helsinky, Finlândia, a 13 de agosto de 1913, casando-se com Esther Margareta Bergstén. No dia 2 de setembro de 1948, em obediência à vontade do Senhor, veio ao Brasil. Comentarista de 35 revistas da Escola Dominical. - Escritor. - Livros: 5 "Introdução à Teologia Sistemática" - CPAD. "Teologia Sistemática" - CPAD. Em 1987, a CGADB deu-lhe o título de Conselheiro Vitalício da CPAD, juntamente com o missionário Bernhard Johnson Jr.