Lição 10 - A Última Defesa de Jó (4 Tri. 2020)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho


TEXTO ÁUREO
“Ou não vê ele os meus caminhos e não conta todos os meus passos?” (Jó 31.4) 

VERDADE PRÁTICA 
Ao olhar retrospectivamente para o passado, lembre o quanto Deus trabalhou nele. 

LEITURA DIÁRIA 

Segunda - Jó 29.1-5 
Quando se olha para a glória do passado 

Terça - Jó 30.1 
Quando se zomba da vergonha do presente 

Quarta - Jó 30.2-5 
Quando se debilita a força e o vigor 

Quinta - Jó 31.1 
Quando se faz um concerto ético com Deus 

Sexta - Jó 31.2,3 
Qual seria a herança do Todo-Poderoso? 

Sábado - Jó 31.4,5 
Quando Deus sonda os caminhos dos homens 
  
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 
Jó 29.1-5; 30.1-5; 31.1-5 

Jó 29 
1 - E, prosseguindo Jó em sua parábola, disse: 
2 - Ah! Quem me dera ser como eu fui nos meses passados, como nos dias em que Deus me guardava! 
3 - Quando fazia resplandecer a sua candeia sobre a minha cabeça, e eu, com a sua luz, caminhava pelas trevas; 
4 - como era nos dias da minha mocidade, quando o segredo de Deus estava sobre a minha tenda; 
5 - quando o Todo-Poderoso ainda estava comigo, e os meus meninos, em redor de mim; 
  
Jó 30 
1 - Mas agora se riem de mim os de menos idade do que eu, e cujos pais eu teria desdenhado de pôr com os cães do meu rebanho. 
2 - De que também me serviria a força das suas mãos, força de homens cuja velhice esgotou-lhes o vigor? 
3 - De míngua e fome se debilitaram; e recolhiam-se para os lugares secos, tenebrosos, assolados e desertos. 
4 - Apanhavam malvas junto aos arbustos, e o seu mantimento eram raízes dos zimbros. 
5 - Do meio dos homens eram expulsos (gritava-se contra eles como contra um ladrão), 
  
Jó 31 
1 - Fiz concerto com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem? 
2 - Porque qual seria a parte de Deus vinda de cima, ou a herança do Todo-Poderoso desde as alturas? 
3 - Porventura, não é a perdição para o perverso, e o desastre, para os que praticam iniquidade? 
4 - Ou não vê ele os meus caminhos e não conta todos os meus passos? 
5 - Se andei com vaidade, e se o meu pé se apressou para o engano. 
  
HINOS SUGERIDOS: 49, 62, 564 da Harpa Cristã 
  
OBJETIVO GERAL 
Mostrar que Jó, profundamente afetado pelo sofrimento, recorda nostalgicamente do seu passado de glória. 
  
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. 

MOSTRAR que Jó lembra os tempos passados quando era visto e reconhecido socialmente por todos; 
CONTRASTAR o estado passado de Jó com o presente, quando se tornara motivo de escárnio; 
ELUCIDAR a insistência de Jó na defesa de sua inocência. 
  
INTERAGINDO COM O PROFESSOR 
Nesta lição perceberemos que Jó faz uma retrospectiva de sua vida. Ele pôde ver o quanto foi abençoado, embora o momento presente contrariasse todo o seu passado. Infelizmente, o "presente" de Jó teve mais força para embaçar o seu passado. Ele não conseguia recuperar a esperança. 
É muito importante fazermos esse exercício retrospectivo, mas sem, contudo, perder a esperança. O que Deus fez em nosso passado deve-nos trazer a esperança para o presente. Tudo isso só é possível uma vez que estamos em Cristo. Do ponto de vista humano é impossível recuperar a esperança diante da tragédia. Todavia, na força do Espírito Santo, podemos recuperá-la. 
  
INTRODUÇÃO 
O capítulo 31 encerra da seguinte forma: “Acabaram-se as palavras de Jó” (Jó 31.40). Trata-se de uma retrospectiva nostálgica do passado Jó (Jó 31.29-31). Por isso, nesta lição, veremos a lembrança de Jó acerca de sua prosperidade material e espiritual, de sua adoração a Deus e das bênçãos que o Todo-Poderoso concedeu à sua casa; mas, agora, em oposição ao momento de escárnio e vergonha que ele passa no presente. Nesse sentido, Jó não aceita que as coisas terminem assim e, portanto, ele deseja se apresentar diante de Deus para defender a sua causa. 
  
PONTO CENTRAL 
Conforme Deus fez no passado, Ele pode fazer algo novo. 
  
I – JÓ RELEMBRA SEU PASSADO DE GLÓRIA 
  
1. Prosperidade material e espiritual (29.1-11). 
  
2. Reconhecimento social (29.14-25). 
  
3. Uma ponderação importante. 

  
SÍNTESE DO TÓPICO I 
Jó relembra seu passado de prosperidade material e espiritual, bem como a sua atuação social. 
  
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO 
Para introduzir este primeiro tópico, fale um pouco acerca das parcerias nos momentos de sucesso e da solidão nos momentos difíceis. É bem provável que você tenha na classe alunos que já experimentaram essa realidade. Quando tinham posses viviam cercados de “amigos”, mas quando perderam tudo os tais “amigos” simplesmente desapareceram. Embora Jó tenha usado esse exemplo para demarcar bem aos seus amigos o tamanho de sua tragédia, podemos usar esse mesmo exemplo para constatar uma mesma realidade: vivemos numa sociedade que valoriza mais o “ter” que o “ser”. Por isso, como Igreja de Cristo, devemos acolher entre nós as pessoas que precisam de comunhão e serviço. 
  
II – JÓ LAMENTA SEU ESTADO PRESENTE 
  
1. Desprezo por parte dos jovens e das classes menos favorecidas (30.1-23). 
  
2. Abatimento físico e emocional (30.16-31). 
  
3. Deus teria abandonado Jó? 

  
SÍNTESE DO TÓPICO II 
O estado presente de Jó é marcado pelo desprezo dos jovens, das classes necessitadas e pelo abatimento físico-emocional. 
  
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 
“Este capítulo [30] contrasta com o capítulo 29. No lugar em que Jó desfrutava do respeito e honra dos anciãos da cidade e das pessoas importantes, ele agora é desprezado pelas pessoas mais vis da sociedade. 
  
Mas agora (1) introduz a mudança de como era o passado para o que é no presente. O capítulo 29 terminou com Jó lembrando de como em épocas passadas ele era semelhante a um rei entre os homens. Agora, mesmo homens mais jovens, cujos pais Jó não consideraria aptos para serem os cães do seu rebanho, o menosprezam. Essa classe de homens era tão miserável que eram magros devido à fome (3). O único alimento que eles podiam obter era a produção escassa das áreas desertas. Eles eram forçados a comer as folhas das malvas (4), um arbusto raquítico que cresce nos brejos salgados da Palestina, e raízes de zimbros, semelhantes a arbustos do deserto (giesta) em vez da árvore de zimbro. Esses infelizes eram expulsos (5) da sociedade como se fossem ladrões e eram, portanto, forçados a viver nas cavernas e entre as rochas (6). Bramavam entre os arbustos (7), vivendo como o asno e comendo a comida de asnos silvestres. Assim, eles eram filhos de doidos (8), literalmente, ‘filhos de desprezíveis’. Como filhos de gente sem nome, eles eram expulsos da terra (‘da terra são escorraçados’, ARA). Mas agora (9) Jó é alvo do seu escárnio! Ele é como um provérbio para eles. A repugnância deles é tão grande que cospem no seu rosto (10). Porque Deus oprimiu (11) Jó, eles são incontidos em sua hostilidade contra ele. Moços o empurram (12) para o lado e obstruem o seu caminho (13) e, dessa forma, promovem a sua miséria. A ação desses párias não é acidental. Ela vem contra Jó como por uma grande brecha (14). Eles o apavoram com seus abusos persistentes até que sua honra (dignidade) evapora como uma nuvem (15)” (CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.77
  
III – O FUTURO EM ABERTO DE JÓ 
  
1. Jó em defesa de sua ética sexual (31.1-4). 
  
2. Jó em defesa de sua ética social (31.16-23). 

3. Jó busca a resposta de Deus (31.35-37). 

  
SÍNTESE DO TÓPICO III 
Jó faz uma defesa de sua ética sexual, social e busca resposta de Deus. 
  
SUBSÍDIO TEOLÓGICO 
“Jó revê várias categorias de pecado que poderiam ter sido a causa da sua desgraça e jura solenemente que ele é inocente de qualquer ação má. Ocasionalmente, junto com seu protesto de inocência, ele inclui uma declaração do porquê ele ter decidido ser virtuoso. Ele também inclui uma maldição sobre si mesmo, caso tenha deixado de falar a verdade. Primeiro Jó nega que seja culpado de pecados sensuais que são tão comuns entre homens. Ele fez um concerto (acordo) com os seus olhos, para que não desejasse uma virgem (uma moça, 1). Aqui Jó reconhece que a tentação vem por meio da observação daquilo que pode ser desejável. Ele tem um acordo com os seus olhos para que não o desviem. Qual seria a parte (2) que ele teria com Deus se ele fosse culpado desse tipo de crime? Certamente Deus castiga o perverso e aqueles que praticam a iniquidade (3). Não só isso, mas Jó pergunta: Não vê ele? (4). Ele é enfático, ressaltando a ideia de que Deus observa de perto o homem e castiga sua vaidade e engano (5). Os versículos 6-8 são um juramento de inocência e uma maldição por qualquer falsidade que Jó possa ter falado nos versículos precedentes” (CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.78). 
  
CONCLUSÃO 
Nesta lição, vimos que Jó se lembrou de seu passado abençoado e de como agiu com integridade e humanidade com o próximo. Nunca havia agido de forma injusta com ninguém nem tampouco cometido pecados que o desonrassem moralmente. Sua integridade estava intacta. Assim, ele acredita que chegou o grande momento de se apresentar diante de Deus e receber dEle o veredito de que é um homem injustiçado e inocente. 
  
PARA REFLETIR 
A respeito de “A Última Defesa de Jó”, responda: 

• Qual a primeira coisa que Jó se lembrou de seu passado? 
A primeira coisa que se lembrou desse passado glorioso foi a comunhão que ele desfrutou com Deus (Jó 29.2,4). 
  
• Quem procurava Jó para pedir orientação? 
Tanto os jovens como os velhos o procuravam para serem orientados (29.8). 
  
• De homem respeitado, como Jó passou a ser visto? 
De homem respeitado, ele passou a ser visto como uma escória social (Jó 30.1-8). 
  
• O que o sofrimento emocional de Jó refletia? 
O sofrimento emocional de Jó refletia a sua crença de que havia sido abandonado por Deus (Jó 30.16-23). 
  
• Que comportamento ético-social de Jó o habilitou? 
O seu comportamento ético-social o habilitou a agir como tribuno dos desvalidos 
  
VOCABULÁRIO 
Luxúria: Comportamento desregrado com relação aos prazeres do sexo; lascívia, concupiscência. 

Por: José Gonçalves
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José Gonçalves

José Gonçalves

José Gonçalves. É pastor em Água Branca, Piauí, graduado em Teologia pelo Seminário Batista de Teresina e em Filosofia pela Universidade Federal do Piauí. Ensinou grego, hebraico e teologia sistemática na Faculdade Evangélica do Piauí. É comentarista de Lições Bíblicas da Escola Dominical da CPAD e autor de diversos livros.